26 de outubro de 2010

Balada do Vampiro

À meia-noite vou acordar

E ao abrir os olhos vou notar

Que num caixão vou estar.



Ao levantar me lembrarei

Do dia que despertei

E sangue tomei.



Acho que era muito menino

Para encarar o destino

De ser um vampiro.



Gosto das pessoas seduzir

Depois que minh’alma vendi

E a vida eterna atendi.



Há coisas que são passageiras

Ou que levam a vida inteira

Pois o mundo é uma grande besteira.



Logo, eu sou imortal

Vivo numa vida banal

Que não é do diabo nem sacerdotal.



Espíritos indômitos

Sons afônicos

Gemidos arrepiantes

Numa noite como antes.



Flavio Cuervo

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