13 de outubro de 2010

Cronologia

Um cronômetro é disparado

Uma vida é libertada

Pois quando nascemos,

Começamos a envelhecer.



Um cronômetro é disparado

Em sentido decrescente,

Vontade de crescer

Sobre um “eu” dormente.



Masmorras do tempo

Escravos da Cronologia

Matérias do consciente

Inconsciente em euforia.



Um dia morrerá:

As rosas do altar,

A pressa do tempo,

A vida dos neurônios

E as hemácias ao vento.



Singular e simples

Cruel e rarefeita

Cronologia em vida

Outro dia em morte.



A Cronologia é a realidade

E depois a incerteza do inconsciente

Pois, quando nascemos

Começamos a envelhecer.



Seguir em frente, numa mesma direção

Até tocar os sinos da paz

E ver as faces da aberração

Cravadas na parede do tempo.



O tempo nada mais é do que

Escravo da Cronologia!

Nascer, crescer e morrer

É o que resta para você?



Flávio Cuervo

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