9 de abril de 2011

Rainha Vermelha

Cortem-lhe a cabeça!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Assim diz a rainha vermelha quando alguém lhe dirige a palavra.

Será que é mal amada?
Será que escolheu o caminho errado?
Massacra a inteligência dos próprios filhos cartas.
Tornando os súditos em fantoches em seus pensamentos torpes.

Não entrem em meu reino!
Eu os convido.
Sem nunca escolher ninguém,
Somente o rancor.

Perdão não há!
Paz não há!
A rivalidade é mais interessante.

No fundo se vê vítima de todos.
Na frivolidade da sua mente perturbada.
Acha na religião da sua fantasia.
Uma esmola para dar ao roto da escória especial das suas facetas desnudas.

Louca!
Burra!
Egoísta!
Triste!
Muito triste!
Triste doença.

Covardia, alienação e máscaras.
Baile de cartas que dançam para a Rainha Vermelha.
Tentei deixá-la mais inteligente.
Mais genitora.
Fui calado.
Degolado.

Cortem a cabeça do poeta!
Ele incomoda!
O poeta coringa que nos importuna e tenta mostrar ao povo a falsa verdade !

Não precisamos dele.
Escolhemos Barrabás!

Ele é vergonha!
Ele é frustrado!
Ele é bicha!
Ele é drogado!

Suas poesias serão queimadas.
Suas idéias devaneios.
Seu olhar é de louco.
Sua vida é morte.

Depois.
O reino será normal.
O povo trivial.
A censura fundamental.
A poesia um pecado.
O ato da guilhotina.
Fina e mordaz.

O poeta não serve mais!


Flávio Cuervo

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