6 de maio de 2011

Ventríloquo

E agora?
Corremos para os abrigos,
Nos suicidemos coletivamente,
Ou vamos esperar os discos-voadores?

Certamente não esperávamos
Chegar a este ponto!
Ao mais absurdo estilo de vida!

É que a ânsia de fugir
Desta dolorosa realidade
Nos leva a uma única certeza.
A de que ainda somos jovens.

Drogas, sonhos e covardia;
Impaciência, sonhos e destruição.

Por que nós homens
Adoramos destruir aquilo
Que foi feito?

Vida, amor próprio e Deus.

E pensar que estamos
Dentro da cabeça de um cara
Que gira, gira...
E se pergunta onde está
E de onde veio?!

Estamos indo.
Estamos juntos até um dia...
Estamos num livro
Que se chama Evolução.

E nos cobram
Todos os dias,
Quando o destino
Bate à sua porta.

Você o convida para entrar.
Esse destino mutante
Que um dia se transforma em morte
No fim do mundo de quem vai.

De pó, de alma
De luz e barro.

De Deus & Cia
Que para escrever um livro
Pensaram um dia
Sobre um rapaz
Que anseia por experiências
E tudo aquilo que lhe cobram.

Triste Deus ventríloquo,
Santos fantoches de barro.

Flávio Cuervo

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