20 de junho de 2011

Balada do Vampiro

À meia-noite vou acordar
E ao abrir os olhos vou notar
Que num caixão vou estar.

Ao levantar me lembrarei
Do dia que despertei
E sangue tomei.

Acho que era muito menino
Para encarar o destino
De ser um vampiro.

Gosto das pessoas seduzir
Depois que minh’alma vendi
E a vida eterna atendi.

Há coisas que são passageiras
Ou que levam a vida inteira
Pois o mundo é uma grande besteira.

Logo, eu sou imortal
Vivo numa vida banal
Que não é do diabo nem sacerdotal.

Espíritos indômitos
Sons afônicos
Gemidos arrepiantes
Numa noite como antes.


Flávio Cuervo


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