19 de setembro de 2012

Fada

Minha vida foi um filme.
O diretor disse gravando quando nasci.
O sentido da vida sempre falou alto dentro de mim.
Sempre me deixei levar pela curiosidade.
Sempre fui assim.

Não me arrependo das experiências.
Não absorvo a maldade alheia.
Apesar de sofrer com elas.
Elas se foram e eu fiquei.

Chorar por ver o céu cheio de estrelas.
Olhar uma fada a dançar no céu de pirilampos.
Respirar o ar da relva fresca.
O sabor da vida sempre me guiou.

Talvez hoje esteja me sentindo mais covarde.
Mas sei que não durará para sempre.
Essa essência que me move e me criou.
Me diz pra prosseguir incessante.

Explodir a alma em sentimentos.
Zunir como o relâmpago.
Cheirar como o jardim.
Pensar como Deus.

Sintonizar o universo.
Não a rádio local.
Procurar o âmago.
O tal despertar.

Suprir-se de amor.
Felicidade de mim.
Praia da liberdade.
Sonho sem fim.

Quando era criança ia fugir com o circo.
Chorei por não ir.
E se fosse?
Ai de mim...?

Nunca saberei.
Virei poeta.
Nasci pra ser artista.
Essa era minha sina.

Estrela caleidoscópica.
Do céu escuro.
Cortina da vida.
Do mistério acima de nós.

Mente doida a me governar.
Insano gosto de ser vivente.
Eloqüente.
Demente.
Estrela cadente.

Fada no céu a girar.
A me conduzir pra consciência real.
Numa linda noite de primavera.
Sonhei, sorri e acordei!


Flávio Cuervo

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