20 de novembro de 2012

Clausura

 Vivemos na constante rotina

De sermos limitados.
Estranhamente acasos nos controlam
Sentindo em nossas faces o beijo
Desagradável do destino.

Quando expomos nossas fraquezas
Somos enclausurados em buracos
Para que deste modo possamos ver apenas
Uma parcela do infinito céu que nos rodeia.

Se sou verde, me cobram azul
Sou azul para poderem sorrir
E me cumprimentarem durante a manhã
Com falsos, “Bom dia”.

Devolvam-me a inocência
Quando tinha ainda por deuses
Somente meus pais
E por mundo meus amigos invisíveis.

Enclausurados em regime de silêncio e imbecilidade

Tratados a choques e lavagens cerebrais
Por uma máquina fascinante e viciante
Chamada televisão.


Flávio Cuervo

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