Vivemos na constante rotina
De
sermos limitados.
Estranhamente
acasos nos controlam
Sentindo
em nossas faces o beijo
Desagradável
do destino.
Quando
expomos nossas fraquezas
Somos
enclausurados em buracos
Para
que deste modo possamos ver apenas
Uma
parcela do infinito céu que nos rodeia.
Se
sou verde, me cobram azul
Sou
azul para poderem sorrir
E
me cumprimentarem durante a manhã
Com falsos, “Bom dia”.
Devolvam-me
a inocência
Quando
tinha ainda por deuses
Somente
meus pais
E
por mundo meus amigos invisíveis.
Enclausurados em regime de silêncio e imbecilidade
Tratados
a choques e lavagens cerebrais
Por
uma máquina fascinante e viciante
Chamada
televisão.
Flávio Cuervo
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