Alameda 21,
É lá que o diabo mora.
Quase no fim da rua
Perto do mausoléu municipal.
Num sobrado de madeira,
Numa pintura branca e apagada,
Sob o número 666.
Com vultos nas janelas,
E descrições de mal-assombrada.
É o refúgio de mendigos,
De viciados em crack,
Maconheiros e freguesia,
De putas com gonorréia,
De sem tetos e moradia.
Alameda 21,
Casa 666,
Refúgio seguro contra assombração,
Vultos penados,
Lobisomens da corrupção,
Vampiros da televisão,
E de demônios globalizados.
Flávio Cuervo
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