13 de maio de 2011

Aniversário de Lima Barreto - Nascido em 13 de maio de 1881

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Afonso_Henriques_de_Lima_Barreto



Afonso Henriques de Lima Barreto (Rio de Janeiro, 13 de maio de 1881 - São Paulo, 1 de novembro de 1922), melhor conhecido como Lima Barreto, foi um jornalista e um dos mais importantes escritores libertários[1] brasileiros.

Era filho de Joaquim Henriques de Lima Barreto (mulato nascido escravo) e de Amália Augusta (filha de escrava agregada da família Pereira Carvalho). O seu pai foi tipógrafo. Aprendeu a profissão no Imperial Instituto Artístico, que imprimia o famoso periódico "A Semana Ilustrada". A sua mãe foi educada com esmero, sendo professora da 1º à 4º séries. Ela morreu cedo e João Henriques trabalhou muito para sustentar os quatro filhos do casal. João Henriques era monarquista, ligado ao Visconde de Ouro Preto, padrinho do futuro escritor. Talvez as lembranças saudosistas do fim do período imperial no Brasil, bem como suas remotas lembranças da Abolição da Escravatura na infância tenham vindo a exercer influência sobre a visão crítica de Lima Barreto sobre o regime republicano.

Lima Barreto foi o crítico mais agudo da época da República Velha no Brasil, rompendo com o nacionalismo ufanista e pondo a nu a roupagem da República, que manteve os privilégios de famílias aristocráticas e dos militares.

Em sua obra, de temática social, privilegiou os pobres, os boêmios e os arruinados. Foi severamente criticado pelos seus contemporâneos parnasianos por seu estilo despojado, fluente e coloquial, que acabou influenciando os escritores modernistas. É um escritor de transição: fiel ao modelo do romance realista e naturalista do final do século XIX, procurou entretanto desenvolvê-lo, resgatando as tradições cômicas, carnavalescas e picarescas da cultura popular, ao mesmo tempo em que manteve "uma visão neo-romântica e elegíaca da natureza, da cidade e do ser humano".[2]

Também queria que a sua literatura fosse militante. Escrever tinha finalidade de criticar o mundo circundante para despertar alternativas renovadoras dos costumes e de práticas que, na sociedade, privilegiavam pessoas e grupos. Para ele, o escritor tinha uma função social.


1905 - O Subterrâneo do Castelo no Morro
1909 - Recordações do Escrivão Isaías Caminha
1911 - O Homem que Sabia Javanês e outros contos
1915 - Triste Fim de Policarpo Quaresma
1919 - Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá
1920 - Cemitério dos Vivos
1920 - Histórias e Sonhos
1923 - Os Bruzundangas
1948 - Clara dos Anjos (póstumo)
1952 - Outras Histórias e Contos Argelinos
1953 - Coisas do Reino de Jambom




Frases e trechos de Lima Barreto

“Só o álcool me dá prazer e me tenta… Oh! Meu Deus! Onde irei parar?” (Diário íntimo).

“Não pretendo fazer coisa alguma pela pátria, pela família, pela humanidade. De resto, acresce que nada sei de história social, política e intelectual do país; que nada sei de geografia; que nada entendo de ciências sociais (…) vou dar um excelente deputado”.

“Quem tem inimigos deve ter também bons amigos” (Triste fim de Policarpo Quaresma).

"O Brasil não tem povo,tem público."



Flávio Cuervo

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