9 de dezembro de 2011

Ecos do Deserto

Livra-me a alma, oh Deus
Pois meu corpo já se encontra fadigado
Neste deserto tórrido aonde vim parar.

Lança-me a tua piedade
Pois me deitei sobre a areia que mais parece brasa
Já não tendo forças pra caminhar.

Incomoda-me as sombras dos abutres
Que como peste se propagam
Imaginando-me carniça, cadáver ou coisa semelhante.

Que pecado cometi?
Que inferno me encontro?
Que cobaia sou eu?
Que sonho é este?

Levanto-me e caminho
Lembro-me do frio noturno
E que a morte visite-me durante a noite.

Miragens a oeste
Imagens que me irritam
Transformando-me num otário esperançoso.

Se houvesse um oásis
Se houvesse tamareiras
Se houvesse uma fonte
Se houvesse...


Flávio Cuervo

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