9 de julho de 2012

Clausura

Vivemos na constante rotina

De sermos limitados.

Estranhamente acasos nos controlam

Sentindo em nossas faces o beijo

Desagradável do destino.



Quando expomos nossas fraquezas

Somos enclausurados em buracos

Para que deste modo possamos ver apenas

Uma parcela do infinito céu que nos rodeia.



Se sou verde, me cobram azul

Sou azul para poderem sorrir

E me cumprimentarem durante a manhã

Com ridículos, “Bom dia”.



Devolvam-me a inocência

Quando tinha ainda por deuses

Somente meus pais

E por mundo meus amigos invisíveis.



Enclausurados em regime de silêncio e imbecilidade

Tratados a choques e lavagens cerebrais

Por uma máquina fascinante e viciante

Chamada televisão.



Flávio Cuervo


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